Blog criado para compartilhar as dificuldades de uma gravidez precoce e coisas relacionadas à maternidade.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Depois do parto

Agora vou falar de como está o meu emocional...
Quando ainda estava na maternidade não tinha tido o choque de que sou mãe! Quando fui pra casa nos 2 primeiros dias eu sentia uma alegria imensa, estava feliz com tudo, com meu marido, minha famíla e com minha filha. Porém no terceiro dia começou a bater uma tristeza gigantesca, passei a não querer minha filha, pensei em entrega-la para a adoção, pensei coisas ainda mais terriveis, mas que não tenho coragem de dizer... Passei a sentir falta das coisas que achava que não sentiria, coisas como a escola, amigos e principalmente a liberdade de ir e vir quando dava vontade. Tudo me faz falta... Eu sentia falta da minha adolescência. Eu queria fugir de tudo, eu
chorava o dia todo, não tinha apego nenhum pela minha filha se ela desaparecesse não me faria falta. Eu só não tive coragem de entrega-la por conta de minha famíla, por conta do pai dela e por conta do arrependimento. Eu só conseguia pensar no tamanho da besteira que tinha feito, que lá no fundo não era isso que eu queria nem precisava! Eu queria desaparecer, ir pra um lugar isolado... Os sentimentos eram vários, mas todos negativos. Eu me esforçava para não deixar isso transparecer para minha mãe, continuava cuidando da minha filha normalmente, mas sem querer fazer nada daquilo! Os dias vão passando e as coisas estão amenizando, acho até que
estou começando a sentir amor por ela, mas ainda com com a sensação de que se ela fosse embora logo isso não teria mais nenhuma importância! Agora vejo o quanto minha adolescência faz falta, o quanto errei nas minhas escolhas, mas infelizmente o tempo não volta! Agora já é tarde demais, mas se tivesse volta eu refaria tudo diferente! E é isso, nesse momento já até estou mais conformada, mas ainda não aceitei isso!

2 comentários:

  1. Diana, achei um pequeno texto que traduz isso que você passou e passa. Você que apesar da culpa por ter adiantado as coisas, notou o brilhante amor de mãe:

    "Enquanto a maioria das pessoas ao meu redor vêem minha filha
    como um freio, eu a vejo como o motor que me impulsiona a querer mais da minha
    vida. Se ela for uma pedra no meu caminho, é um baita de um diamante, e olhando
    através dele eu vejo muito mais opções de estradas. O melhor de tudo é que não
    caminharei por elas sozinha."

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    Respostas
    1. Amei e é exatamente assim que me sinto hoje, a Duda me fez enxergar coisas que eu jamais poderia ter pensado...
      Hoje sei que errei, mas esse erro me trouxe além das desvantagens, me deu um novo horizonte, uma nova perspectiva e até uma nova profissão que nunca esteve nos meus planos.
      A Duda tem sido uma verdadeira escola pra mim e serei eternamente grata a ela por isso!
      =D

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