Blog criado para compartilhar as dificuldades de uma gravidez precoce e coisas relacionadas à maternidade.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Como andam as coisas



Quero falar de como andam as coisas por aqui...

Já sabem que casamento nenhum é fácil, então só vou dizer que ainda estamos nos aguentando...

Desde que o ano começou a Duda foi se desenvolvendo e aconteceram várias coisas:

  • Duda caiu da cama pela primeira vez no dia 03/01/2012 - começamos o ano bem, rsrss, porém nada de grave aconteceu, apenas chorou muito e eu como boa mãe chorei junto. Foi assim: ela estava na cama brincando com seus belos mordedores, mas depois que aprendeu a virar de bruços esse passou ser seu esporte favorito, meu marido estava lá fora tentando consertar o ventilador que ele conseguiu detonar de vez, eu estava cuidando do jantar e ia sempre verificar se estava tudo bem com ela, fui lá e deixei ela de bruços no meio da cama, até então ela não conseguia rolar, mas mal cheguei na cozinha e ouvi o choro, saí correndo e quando me deparo com ela de bruço no chão, comecei a chorar com ela, lá de fora vem o Ewerton correndo e leva um tombo, levanta e pega a Duda do meu colo... enfim encurtando a história, ela ficou bem, tomou um remédio pra dor, dormiu a noite toda e ficou com um roxinho bem leve na testa.


  • Introdução dos sólidos: Xiii... Um caso a parte, hoje com 7 meses ela ainda não come nada, mal aceita um colherada e cospe tudo e já forçou até o vomito pra não comer...Vou deixar o vídeo falar por si... mas acreditem é assim até hj!



  • Os dentes: Depois de muito chororô, noites em claro, remedinho para passar a dor (não uso médicamentos sem prescrição médica, ospediatras me recomendaram e me deram receita), gegiva inchada, etc... Na última semana de janeiro apareceu a pontinha do dentinho da esquerda... rsrs não consegui tirar foto, uma pena snif snif, tentei e muito mas ela lacrava a boquinha e quando me via com a camera, parava de sorrir e começava a chorar querendo pega-la. Logo na outra semana o outro dentinho deu sinal e agora ela exibe pra quem quiser...



  • Ela aprendeu a sustentar o corpo, sabe ficar sentada e adora essa novidade, também aprendeu a rastejar ou seja, meus olhos tem de ficar extremamente atentos, senão...A Eduarda ama ficar no chão e rodeada de brinquedos e coisas como, controle da Tv, celular, qualquer plástico que faça barulho...


  • Aprendeu também a ficar em pé dentro do balde, banho de balde agora só quando eu precisar muito coloca-la nele e de maneira que eu não tire os olhos dela.


  • Ela agora fala "ba, ba, ba, ba, ba..." e já disse até mama, que linda...


  • Aprendeu a dormir com massagens nas costinhas, adora e as vezes só dorme assim!


Vamos falar de mim agora, ok?

Eu prestei vestibular e estava decida a ir para faculdade de enfermagem, decidi que quero ser enfermeira obstetra e quem me acompanha nas redes sociais sabe que sou mais do que a favor do parto vaginal e que seja humanizado...
Passei, mas não fiz a matricula, por 2 principais questões, a primeira financeira, meu orçamento ficaria demais apertado, e o outro motivo é que meu marido resolveu logo agora estudar, queria levar a Duda pro colégio, eu jamais aceitaria essa situação... ela é um bebê ainda pra ficar enfiada numa sala de aula com bando de gente estranha!
Tem também a amamentação que quero que seja o mais prolongada possível, eu não ia conseguir tirar 2 mamadeiras de leite por dia e também não quero que ela use mamadeira ou tome NAN com frequência.
Adiei por ano a faculdade, não foi fácil essa decisão, chorei muito, pensei bastante e quase entrei em crise, mas ano que vem vai chegar logo e pode ser que muita coisa até lá mude e que seja pra melhor!
Fora isso a vida segue, eu aqui cuidando da Dudinha que está cada dia mais esperta e exigente e sobrevivendo ao stress de ficar em casa com ela, aguentando essa rotina que é difícil sobreviver!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Você sabe o que é Doula?











Você já ouviu falar em Doulas? Sabe como é o trabalho de uma?

Hoje vou falar dessas mulheres que são verdadeiros anjos para a humanização do parto.

A origem da palavra vem do Grego que pode ser entendida como escrava ou serva, aquela que serve a mulher.

A doula sempre existiu, sempre esteve presente durantes os partos ao longo da história, era aquela dava apoio a parturiente e auxiliava dando apoio físico e emocional podia ser a mãe, a cunhada, a avó, qualquer mulher que tivesse mais experiência com aquela situação. Coma hospitalização dos partos elas foram sendo esquecidas já que hospitais seguem protocolos e há um profissional para cada etapa do nascimento, porém com a tecnização esqueceram que a mulher precisa de apoio emocional e físico para parir tranquilamente.






Sua existência é demais valiosa para aquelas que estão buscam um parto mais humanizado e que sentem-se inseguras quanto a chegada de seus
bebês.

Atualmente vem crescendo o números
de Doulas pelo Brasil e também pelo mundo o que é bastante benéfico para a saúde das mulheres e bem estar durante seus partos.
Elas dão assistência durante a gestação, parto e puerpério.

•Durante a gravidez: elas auxiliam essa mulher a encontrar a melhor forma de ter o bebê, a escolher as intervenções que a gestante estará disposta a aceitar, ajudam a elaborar o Plano de Parto e explicam procedimentos médicos que podem ser ou não utilizados na hora do parto.

•Durante o trabalho de parto: ela é responsável pela assistência emocional, não só da mulher, mas também do homem aflito que ali se encontra, ela ajuda a parturiente a relaxar, se exercitar, se concentrar para chegada do bebê, faz massagens, ajudará no que for preciso para que a parturiente tenha o bebê tranquila e segura.


•Após o parto: ela ajudará com a amamentação e cuidados básicos com o recém nascido, auxiliando mais uma vez essa mulher em sua nova jornada com mãe.

No Brasil elas atuam de maneira particular em hospitais particulares, partos domiciliares, casas de parto e voluntariamente em hospitais públicos.

Estudos científicos recentes mostram que a presença da Doula durante o trabalho parto e parto tem sido eficaz e muito benéfica, fortalecendo a ligação mãe-bebê, trazendo tranquilidade, relaxamento e conforto.

O que os estudos dizem sobre a presença da Doula:
Sua presença pode:

diminuir em 50% as taxas de cesárea
diminuir em 20% a duração do trabalho de parto
diminuir em 60% os pedidos de anestesia
diminuir em 40% o uso da ocitocina
diminuir em 40% o uso de forceps.

Embora esses números refiram-se a pesquisas no exterior, é muito provável que os números aqui sejam tão favoráveis quanto os acima mostrados.


Observações: Doulas não substituem a equipe médica, não fazem exames clínicos, não podem fazer ausculta fetal nem exame de toque, mesmo que sua doula tenha formação em enfermagem ou qualquer outra área da saúde, como doula ela não pode exercitar outra profissão. 

Links úteis:





Vídeo Uma conversa com Doulas:

Doulas em ação

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

As três dores do parto

Depois da minha experiência de quase parto (isso me lembrou uma "experiência de quase morte", rsrs), recuperação de cesárea e a frustração de não ter tido o meu parto normal, cheguei a conclusão de que existem 3 dores de parto e vou compartilhar minhas experiências sobre elas!

Vou começar com aquela que todas temem, que eu acredito que seja mais por medo do desconhecido do que da dor em si, que é a dor do parto normal.
Sim é verdade que a dor é surreal e doí pra cacete e que cada contração é uma tortura, que parece que está te resgando toda por dentro, mas logo passa e vc respira e fica tudo bem, mas logo ela vem de novo até chegar o grande momento de empurrar o bebê pra fora, aquela hora de fazer força e que a cabeça do bebê começa a coroar, ela sai e em seguida você senti o corpinho deslizando pelo seu ventre. E pronto toda a dor do mundo acaba, vai embora e traz toda a felicidade do mundo no coração de mãe.
Mas há uma outra verdade que poucas conhecem, que a dor do parto vaginal pode ser gostosa, pode dar prazer e até mesmo provocar um orgasmo e o grande segredo está em se preparar para ela, não lutar contra ela, é se permitir receber essa dor focando que é ela que vai trazer o bebê para os seus braços, vi videos de parto de mulhres sorrindo durante as contrações, ouvi uma delas dizendo que "doí, mas é gostoso" e essa mesma dava gargalhadas durantes suas contrações!
É possivel sim sentir menos dor no parto, mas antes de mais nada precisamos aceita-la, o que eu não fiz, eu tinha muito medo e ansiedade dessa dor, mas estava disposta a encara-la e ir até o limite do meu corpo pra ter a minha filha no meus braços, mas quando ela chegou eu não a aceitei, fui contra ela e não com ela, pra não dizer que fui totalmente contra ela, somente quando tomei banho quente foi que consegui senti-la de outro modo, quando estava em casa ainda, fui tomar banho e ouvir uma música que me conectou ao meu interior, a música era Mother do grupo ERA, ela me fazia relaxar e sentir algo gostoso, o que me faz acreditar que é possivel SIM sentir prazer além da dor durante o trabalho de parto.
E estou disposta a recebe-la novamente quando for a hora!

Agora vem a dor da cesárea, meu Deus, não quero nem pensar, mas vamos lá...
Depois das 8 horas do efeito da Raquidiana, eu ainda estava meio dopada, mas podia sentir perfeitamente a dor em meu abdomem e foi aí que o verdadeiro inferno começou pra mim, precisei de ajuda pra tomar banho, mal conseguia sentar e deitar, quando precisava levantar e pegar a bebê do bercinho que estava ao lado da minha cama, parecia q tudo que tinha dentro de mim ia se abrir e meus orgãos internos sairiam pra fora, era terrível demais e pior era não ter ajuda nenhuma na maternidade.
Em casa o meu marido foi um verdadeiro Lord, se ofereceu a dar banho na bebê e não aceitou o meu NÃO como resposta, me ajudava a levantar da cama e a me deitar, cuidava de tudo e minha mãe também claro ajudou muito muito, principalmente fazendo comidinhas do jeitinho que a nutricionista da maternidade recomendou pra não interferir na amamentação.
Mas mesmo tendo todo o carinho e amor do mundo a dor era inevitável, doía pra sentar, levantar, deitar, era demais! muito pior do que qualquer contração que senti, mesmo as últimas que me pareciam não ter mais nenhum intervalo e eu permaneci com essas dores por uns 10 dias, até o dia em q tirei os pontos que mais uma vez foi torturante, nossa! eu confesso que gritei de dor, ainda bem que a bebê não estava no quarto senão teria se assutado e talvez chorado.
Sei que é vergonhoso e que a maioria das mulheres não confessaria isso publicamente de maneira alguma, mas vou contar porque aconteceu e gosto da sinceridade e verdade.
Acho que isso aconteceu uns 5 dias depois da cesárea, acordei no meio da madrugada com muita vontade de fazer xixi, não quis acordar meu marido pra não incomoda-lo, mas demorei tempo demais pra consegui levantar da cama e quando consegui levantar finalmente e colocar os pés no chão, não aguentei, aliás a minha bexiga não aguentou e fiz xixi ali mesmo em pé escorada na cama, não aguentei e comecei a rir, dei uma gargalhada e o maridão acordou assutado e quando percebeu o que estava acontecendo ficou assustado e ficamos ali rindo, porque é a melhor coisa a se fazer numa hora como essa, até que gritei minha mãe e ela veio e me ajudou a ir pro banheiro e limpar a sujeira que eu fiz, minha mãe coitada ficou tão sensibilizada ao me ver naquela situação já que não era uma cesárea que ela sonhara pra mim!
Mas sim, fiz isso sim por conta da tamanha dor que eu sentia que me impossibilitava de fazer qualquer coisa de maneira ágil. Isso é apenas um exemplo do reflexo do quanto a dor interferia em tudo o que eu fazia sim, porque pra tomar banho precisei de ajuda várias vezes, me sentar pra comer era horrivel, sentia tudo se abrindo e ainda tinha que cuidar dos pontos, mais uma vez mamãe me ajudava, trocar a bebê e dar vários banhos ao dia nela era uma verdadeira tortura, mal podia respirar aliviada e dizer "Sou mãe!" com ar de satisfação, estava sim absolutamente feliz, meu corpo transbordava de tanta ocitocina! Ainda não tinha me dado conta de que meu sonho de parir fora pelo ralo, mas depois que a dor da recuperação passou...


Agora veio a terceira dor que permanece comigo até hoje, aquela da frustração e que se fez presente durante a cesariana, mas que depois que a Eduarda nasceu eu a esqueci e deixei de lado, porém depois que a dor da cesárea se foi e eu pude respirar em enfim aliviada "Sou mãe!" e com esse peso da maternidade comecei a ter meu "Baby Blues" que é absolutamente normal, foi aí que a ficha caiu e pensei "Hei eu não tive meu tão desejado parto normal" e me enchi de questionamentos internos e buscava as respostas em cada segundo que se passava na minha cabeça lembrando da noite antes de cesárea, depois de muito tempo pensando, chorando, me culpando cheguei até fazer uma lista das coisas que deram errado pro parto...
Sabe me doeu tanto que me lembro de fazer agachamentos, fazer força, queria sentir minha filha descendo pelo meu ventre, sentir que ela veio de mim, mas tudo aquilo era em vão, cheguei até pensar em rejeitar minha filha já que eu não sentia que ela havia saído de mim, pensei pro várias vezes em entrega-la pra adoção e me livrar do peso de ser mãe e quem sabe junto esquecer que havia sofrido tanto pra traze-la ao mundo em vão!
Queria outra gravidez, outro parto, outro filho pra esquecer tudo aquilo que eu sentia, me doía demais, eu chorava escondido, chorava enquanto a bebê sugava, pensei em en gravidar imediatamente, me esqueci até do fato que pra se ter um parto vaginal teria quer um intervalo minimo de 2 anos depois da cesárea...
Sei que por meses quis outra gravidez e outro parto, não pensava na criança, só no parto que seria do meu jeito sem covardias, sem medo... Meu marido nessa aceitação foi meu heroí, que me manteve os pés no chão, que me lembrava do quanto nossa filha era especial e no quanto eu era forte por ter superado coisas muito maiores que a frustração de um "não parto".
Eu ainda não superei mesmo depois de praticamente 7 meses e sei que essa dor vai comigo pelo resto da vida, já que mesmo que tenha um parto do jeito que sonho no futuro, nada vai curar a cicatriz do meu coração por não ter dado o parto que minha filha merecia, afinal se ela foi concebida de forma natural, merecia SIM um parto com a natureza manda!