O Começo Parte III

Bom tudo estava uma maravilha, até cair a ficha que aonde moravamos seria impossível ter um bebê!

Moravamos numa espécie de apartamento de 2 peças com banheiro!

Ali jamais caberia um berço... Não tinha espaço nem para um guarda-roupa...

Eu comecei a pesquisar preços de alugueis de casas, mas nada cabia no nosso orçamento...

Não teriamos grana nem para comprar as coisas que ela precisaria!

Mas eu tentava não pensar nisso, pensava que tudo daria certo!

Até que quando eu já estava de 3 meses minha mãe me propos irmos morar na casa dela para não precisarmos pagar aluguel e assim conseguir economizar dinheiro para comprarmos as coisas dela e para nossa futura casa!

Conversei com ele sobre a proposta e ele acabou aceitando!

Então fizemos a mudança!

Pelo o que me recordo nos primeiros dias estava tudo ok! Nada tinha mudado...

Mas aos poucos ele começou a sair e me deixar sozinha... ele não fazia isso antes de nos mudarmos!

Sozinha eu não ficava já que minha mãe estava em casa, mas é diferente... a gente não sabe o que eles estão fazendo longe da gente!

E ainda vem o pior... Ele passou a gastar todo o dinheiro dele em bebida e cigarro...

Eu recebo pensão por conta da morte do meu pai que aconteceu quando eu era uma criança de 9 anos!

Mas minha mãe sempre recebeu ela e quando eu sai de casa ela concordou em me dar parte da pensão, já que ela também precisava do dinheiro! Atualmente ela me dá metade da pensão, mas que não passa de 300 reais! Eu não ligo dela ficar com os outros 300 já eu moro na casa dela e como da comida dela e tudo mais!

Mas pense, como que eu poderia aceitar arcar com todas as dispesas da bebê sozinha sendo que eu não decidi te-la sozinha?

E sem contar que ele sabia que deveria ajudar nas depesas da casa... Já que minha mãe nunca aceitaria sustenta-lo e eu não também não iria concordar!

Comecei a me desesperar... e me arrepender de tudo, de ter escolhido ele pra ser meu marido, de ter engravidado dele, de ter parado de estudar...

Tudo começou a fazer diferença!

Cheguei a desejar que essa criança não nascesse, mas claro que eu não tinha o direito de intervir, mesmo tendo sido a vida toda a favor do aborto, achei que nesse caso não havia justificativa!

Fui me sentindo cada vez mais infeliz e me considerando burra!

Eu já sabia da falta de interesse nele em filhos... Já que ele tem uma de 8 anos e que ele praticamente vive sem lembrar que ela existe!

Quando o conheci ele morava sozinho e não se preocupava com absolutamente nada, vivia totalmete dedicado a ele e vida boêmia que ele levava!

Só fui saber que ele tinha uma filha porque um dia ele me levou para almoçar e a mãe dele ligou ou ele ligou pra ela e a filha pediu pra falar com ele... Foi assim que eu soube da existência dessa filha... Mas aquela altura isso não me preocupava já que éramos apenas amigos!

Aos poucos ele foi me contando que tinha se casado aos 17 anos com uma menina mais nova e que tinha sido um fracasso e que ele se arrependeu de ter ido tão longe com ela, já que a filha dele também tinha sido planejada!
Porém se eu tivesse sido inteligente teria percebido logo que ele não era o homem certo pra mim!
Mas ele foi me conquistando de uma maneira que tudo isso não tinha importância!

Eu achava que ele era o homem mais perfeito do mundo, doce engano...

Mas voltando da onde parei, meu casamento foi só piorando eu cada vez mais deseperada em comprar todas as coisas que minha filha precisava!

E sem contar que ele me cobrava tudo o que se pode imaginar, queria eu ficasse fazendo comida pra ele enquanto ele estava na gandaia, queria que eu fosse carinhosa mesmo quando ele chegava lá pela meia noite ou mais em casa, queria que eu fosse uma Amélia!

E sem contar que da noite pro dia ele resolveu se demitir!

Só pra me deixar ainda mais louca, porém logo ele conseguiu outro emprego, mas que não me dava segurança nenhuma!

Só eu sei o quanto sofri, chorava por todos os cantos da casa, aguentava minha mãe me perguntando aonde ele estava que não estava cuidado de mim, aguentava ela dizendo que era um absurdo eu estar fazendo janta para ele enquanto ele estava na rua, mas eu tinha medo de ficar sozinha!

Cheguei a mandar ele embora, mas na hora da briga ele começa a ser carinho e bancar o compreensivo e eu acabo cedendo por conta desse medo de ficar completamente sozinha!